sábado, 17 de janeiro de 2015

BANHISTA FALA QUE BARRACAS IMPROVISADAS NA PRAIA DO FORTE NÃO ATRAPALHA

           Foto: José Aldenir
Foto: José Aldenir




Apesar da recente reforma nas praias da zona Leste e Sul da capital, a praia do Forte ainda possui barracos montados na areia da praia. Em geral, essas estruturas são feitas para guardar o material de trabalho dos locatórios de mesas, cadeiras e guarda-sóis.
As construções improvisadas modificam a paisagem do local, mas banhistas não vêem problema. É o caso do cerimonialista Jailson Lima de 42 anos. O natalense sempre frequenta a praia do Forte de três a quatro vezes por mês.
Ele observou que depois da presença fixa dos barraqueiros, o fluxo de pessoas aumentou. “Ela [a praia] passou até a ficar mais movimentada depois que colocaram essas barracas aqui porque antes nem ambulantes vinham pra cá. Dá até apoio para gente quando quer comprar alguma coisa, como uma água”, disse.
O espaço ocupado por elas também não interfere nas atividades à beira-mar. “Não atrapalha porque a praia é bem ampla, então dá pra conciliar a área de lazer com a de trabalho deles porque as barracas ficam mais recuadas”, acrescentou.
Jailson também acredita que as construções em madeira não atrapalham a estética da praia. De fato, elas ficam recuadas, muito próximas aos pequenos morros, e por esse motivo não são facilmente visíveis para quem anda no calçadão. A despeito do sol forte na manhã de hoje e do movimento habitual de verão, nenhum locatário estava no local. Nossa equipe de reportagem chegou a bater no que seria a porta de um dos barracos, mas ninguém atendeu.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), uma fiscalização foi realizada no mês passado com os comerciantes que atuavam na areia da praia. As notificações geraram processos administrativos que ainda não foram finalizados no âmbito da secretaria.
Segundo a legislação de ordenamento urbanístico da cidade, as multas aplicadas nesses casos podem variar de R$ 48 a R$ 12 mil caso a conclusão do processo administrativo aponte um culpado pelo uso irregular do espaço público. O valor da multa também depende da gravidade da infração.
Vale lembrar que a notificação é um ato administrativo que antecede a autuação. Portanto, isso quer dizer que os comerciantes ainda terão tempo para usar o espaço público de forma regular.

A assessoria de imprensa da Semurb lembrou também que a área é de uso compartilhado do município de Natal com a União. Então, todas as ações realizadas no local devem ser elaboradas de forma integrada. Por se tratar também de uma questão que envolve locatárias de mesas, guarda-sois e cadeiras, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) deve participar de qualquer intervenção de ordenamento, já que é a responsável por conceder permissões para a execução de tal atividade. A Semsur informou que os comerciantes não possuem nenhum tipo de permissão para estar naquele local e inclusive foram notificados também na época da Copa do Mundo. A assessoria de imprensa da Semsur também informou que por ser uma área de segurança da União, os comerciantes não poderão continuar na areia da praia.

Fonte: Portal JH

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