quarta-feira, 25 de março de 2015

Vacina BCG para bebês está falta nos postos e maternidades de Natal

Foto: José Aldenir
Foto: José Aldenir

Há cerca de três meses, a enfermeira responsável pela vacinação no Hospital Varela Santiago afirma que não vê a vacina BCG chegar à unidade. A vacina, que deve ser aplicada logo após o nascimento da criança, para protegê-la contra a Tuberculose. As doses são distribuídas pelo Ministério da Saúde em parceira com as secretarias estaduais. Esta não é a única vacina em falta. A falta de vacinas, ocorre, de acordo com o Governo Federal, devido a “problemas na produção”.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o Rio Grande do Norte recebe em média quatro mil doses de BCG por mês. Em março, entretanto, chegaram apenas 1.300. Com a oferta menor, a alternativa encontrada pelo Estado foi distribuir as vacinas prioritariamente às maternidades. A previsão é de que a situação seja regularizada apenas em abril. Outras vacinas em falta, por exemplo, são a tetra-viral e a da febre amarela.
O problema é que a alta demanda fez o estoque acabar ainda mais rápido nos hospitais.  “No dia 3 de março eu recebi a informação de que tinha vacina e fomos buscar na Secretaria de Saúde. Mas ontem já acabou, não temos uma vacina para oferecer. Como os pais não encontravam a BCG nos postos, vieram para cá vacinar seus filhos”, explicou a diretora da da Maternidade Januário Cicco, Maria da Guia Garcia.
Ainda de acordo com a Sesap, até hoje (25) pela manhã ainda não havia chegado qualquer relato de que alguma criança tenha ficado sem vacina. A recomendação é que ela seja aplicada antes da criança sair do hospital. Caso não seja possível, ela deve ser encaminhada para uma unidade que conte com oferta. Os postos foram orientados a definirem um dia na semana para aplicação da vacina.
Se nos hospitais a situação está ruim, os postos de saúde já não contam com a vacina há muito tempo. No posto de saúde São João a enfermeira responsável afirmou que os postos da zona Leste da capital não tinham mais a BCG. O mesmo problema foi encontrado em alguns da zona Sul da cidade.
O problema é nacional e causado pela baixa produção do Laboratório Ataulfo Alves, responsável pelo abastecimento das vacinas no Brasil. Em nota enviada à imprensa, o Ministério da Saúde informou que, até o final do mês, vai enviar 1,3 milhões de doses de BCG para as secretarias estaduais de todo o país.
Quanto às outras vacinas, como a tetra-viral, o Ministério afirmou que enviará 300 mil, dentro da previsão normal para o período.
Outras vacinas, como é o caso da febre amarela, ainda não têm prazo para regularização. Quando forem entregues, as mais de 2 milhões de doses ainda passarão por análise.

Fonte: Portal jh

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