O JOVEM MORTO WASHINGTON SILVA DO NASCIMENTO
FOTOS: Tn Online e Portal no Ar
A morte do estudante
Washington Silva do Nascimento, 14 anos, ocorrida no último sábado, foi a causa
de um protesto que fechou os acessos à Ponte Newton Navarro durante duas
horas, no final da tarde de ontem (12), em Natal. Pelo menos 200 pessoas participaram
do ato, de acordo com a Polícia Militar. O protesto gerou engarrafamentos e
irritou motoristas e passageiros de transporte coletivo. Washington morreu na
Praia do Forte, baleado durante suposta reação de um policial militar a um
assalto. De acordo com a versão do militar à Polícia Civil, o jovem, junto com
outros três rapazes, teria assaltado sua esposa. A arma usada foi uma pistola
.40.
A família nega a acusação
e afirma que o garoto estava jogando bola com amigos. “Foi um tiro nas costas.
Atravessou o pulmão e o coração. Ele ainda correu uns 500 metros, mas caiu.
Morreu nos meus braços, estava numa calçada”. O relato é do pai do garoto, o
autônomo Wellington José do Nascimento. “Ele (o policial) saiu atirando e
acertou meu filho, que estava jogando bola. Ele não era bandido. Todo mundo da
comunidade sabe disso e gostava dele. Por isso estão fazendo esse protesto.
Para mostrar o que esse policial fez”, acrescentou. Ainda segundo o pai, o
rapaz estudava e o ajudava na barraca que possui na praia.
A manifestação começou por volta das 16h. Moradores de Brasília Teimosa e da favela do Vietnã fecharam os dois lados do viaduto localizado antes da ponte, na zona Leste. A rua Professor José Melquíades, usada por quem passa por baixo do viaduto, voltando para a Praia do Meio, ou seguindo para a zona Norte, também foi interditada. Para bloquear as vias, os manifestantes queimaram pneus, palhas de coqueiro e pedaços de madeira. Aos gritos de “justiça, justiça” ou “Polícia é pra bandido”, filas quilométricas foram formadas por carros, ônibus e motocicletas. Nenhuma autoridade confirmou o tamanho exato do engarrafamento. “A arma dele era uma bola de couro”, lamentou um dos amigos de Washington.
“A gente entende a situação. Mas não pode ser punido, porque quer chegar em casa depois de um dia de trabalho”, reclamou o funcionário público Alcides Alves, que ficou preso no trânsito.
O Batalhão de Choque e a cavalaria foram deslocados ao local, mas não houve confronto. Em acordo com as autoridades, os familiares e demais manifestantes decidiram liberar a via após a chegada da imprensa. O fluxo de veículos foi retomado pouco depois das 18h. Uma viatura do Corpo de Bombeiros foi destacada ao local para apagar as chamas. “Houve muita discussão, mas não foi preciso o uso da força. Não houve nenhuma violência”, destacou o capitão Nailton Rodrigues, da cavalaria.
De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, Francisco Canindé Araújo, como o policial militar estava de folga e à paisana, as investigações sobre o caso são de responsabilidade do delegado distrital da Polícia Civil. Araújo ainda destacou que o suspeito foi encaminhado pelos policiais militares à Delegacia de Plantão, no sábado, onde prestou depoimento. “E caso a família queira procurar a corregedoria da PM, será atendida”, acrescentou. A 2ª Delegacia, que recebeu o caso nesta segunda-feira, informou que já ouviu algumas testemunhas. O delegado não foi encontrado para dar entrevista.
Versões
Por volta das 17h, o policial militar Fábio Costa dos Santos estaria com a mulher na praia, quando ela foi alvo de tentativa de assalto por um grupo de rapazes. Os suspeitos tentaram levar o celular e a teriam derrubado após a abordagem. De acordo com o subtenente Itamar Félix, do CPTUR, que atendeu a ocorrência, Fábio teria disparado contra o grupo durante a abordagem e o disparo atingiu o menor.O pai de Washington nega a versão contada pelo policial e disse à Polícia Civil que seu filho jogava futebol quando foi baleado. O adolescente morreu no calçadão da praia, próximo ao Forte dos Reis Magos, no bairro Santos Reis.
Casos recentes
- Henrique Maurício de Souza Lira, de 20 anos foi baleado seis vezes durante operação de busca e apreensão da Delegacia de Homicídios (Dehom), ocorrida no dia 3 deste mês. De acordo com a polícia, ele foi confundido com o alvo da operação e saiu da residência simulando estar armado.
- A empresária Poliana de Lima, de 24 anos, afirma que foi baleada no queixo durante perseguição da Polícia Civil, na terça-feira, 29 de abril, no Conjunto Cidade Satélite. Ela estava dirigindo quando o fato ocorreu. Em nota, a Polícia Civil lamentou o fato e uma investigação foi aberta.
A manifestação começou por volta das 16h. Moradores de Brasília Teimosa e da favela do Vietnã fecharam os dois lados do viaduto localizado antes da ponte, na zona Leste. A rua Professor José Melquíades, usada por quem passa por baixo do viaduto, voltando para a Praia do Meio, ou seguindo para a zona Norte, também foi interditada. Para bloquear as vias, os manifestantes queimaram pneus, palhas de coqueiro e pedaços de madeira. Aos gritos de “justiça, justiça” ou “Polícia é pra bandido”, filas quilométricas foram formadas por carros, ônibus e motocicletas. Nenhuma autoridade confirmou o tamanho exato do engarrafamento. “A arma dele era uma bola de couro”, lamentou um dos amigos de Washington.
“A gente entende a situação. Mas não pode ser punido, porque quer chegar em casa depois de um dia de trabalho”, reclamou o funcionário público Alcides Alves, que ficou preso no trânsito.
O Batalhão de Choque e a cavalaria foram deslocados ao local, mas não houve confronto. Em acordo com as autoridades, os familiares e demais manifestantes decidiram liberar a via após a chegada da imprensa. O fluxo de veículos foi retomado pouco depois das 18h. Uma viatura do Corpo de Bombeiros foi destacada ao local para apagar as chamas. “Houve muita discussão, mas não foi preciso o uso da força. Não houve nenhuma violência”, destacou o capitão Nailton Rodrigues, da cavalaria.
De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, Francisco Canindé Araújo, como o policial militar estava de folga e à paisana, as investigações sobre o caso são de responsabilidade do delegado distrital da Polícia Civil. Araújo ainda destacou que o suspeito foi encaminhado pelos policiais militares à Delegacia de Plantão, no sábado, onde prestou depoimento. “E caso a família queira procurar a corregedoria da PM, será atendida”, acrescentou. A 2ª Delegacia, que recebeu o caso nesta segunda-feira, informou que já ouviu algumas testemunhas. O delegado não foi encontrado para dar entrevista.
Versões
Por volta das 17h, o policial militar Fábio Costa dos Santos estaria com a mulher na praia, quando ela foi alvo de tentativa de assalto por um grupo de rapazes. Os suspeitos tentaram levar o celular e a teriam derrubado após a abordagem. De acordo com o subtenente Itamar Félix, do CPTUR, que atendeu a ocorrência, Fábio teria disparado contra o grupo durante a abordagem e o disparo atingiu o menor.O pai de Washington nega a versão contada pelo policial e disse à Polícia Civil que seu filho jogava futebol quando foi baleado. O adolescente morreu no calçadão da praia, próximo ao Forte dos Reis Magos, no bairro Santos Reis.
Casos recentes
- Henrique Maurício de Souza Lira, de 20 anos foi baleado seis vezes durante operação de busca e apreensão da Delegacia de Homicídios (Dehom), ocorrida no dia 3 deste mês. De acordo com a polícia, ele foi confundido com o alvo da operação e saiu da residência simulando estar armado.
- A empresária Poliana de Lima, de 24 anos, afirma que foi baleada no queixo durante perseguição da Polícia Civil, na terça-feira, 29 de abril, no Conjunto Cidade Satélite. Ela estava dirigindo quando o fato ocorreu. Em nota, a Polícia Civil lamentou o fato e uma investigação foi aberta.
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