TERMINAL DE ÔNIBUS DA PRAIA DO MEIO
VIADUTO DA PRAIA DO FORTE
PRÓXIMO A IEMANJÁ
PARADA DE ÔNIBUS NA PRÓXIMO A VIADUTO DA PRAIA
CURVA EM FRENTE A DELEGACIA
CALÇADÃO HÁ CAMINHO DO FORTE
A insegurança ao longo da avenida Café
Filho, no espaço que abrange as praias do Meio e do Forte, tem influenciado
diretamente no fluxo de pessoas e no trabalho dos comerciantes que antes
costumavam faturar alto na região. Alguns, inclusive, já pensam em fechar as
portas pelos prejuízos que estão tendo.
Apenas neste domingo (30), de acordo com
informações do Via Certa, nada menos que 10 turistas foram assaltados na
região. Todas as ocorrências foram registradas na segunda delegacia de polícia
do bairro Brasília Teimosa e nenhum suspeito foi detido. Uma das vítimas foi
Cristhiane Fernandes, que veio de Sorocaba, interior de São Paulo. Ela estava
em um ponto de ônibus e terminou rendida por dois jovens que aparentavam ter
dezesseis anos. A dupla chegou armada com faca de churrasco e terminou levando
bolsa com dinheiro, perfume, câmera fotográfica e seus documentos pessoais.
Ao longo do mesmo domingo, mais nove
turistas prestaram queixa na segunda delegacia de polícia sobre o ataque de
gangues que levaram dinheiro, relógio, óculos e câmeras na orla e também em um
ponto de ônibus.
As ações de criminosos foram rotineiras ao
longo do ano na praia do Meio. Tanto que o fluxo de pessoas na região caiu
bastante e os prejuízos dos comerciantes foram se acumulando. “Aqui os assaltos
acontecem todos os dias. É tudo muito complicado. Eu mesmo já presenciei um
caso essa semana. Uma turista estava andando pela orla quando um assaltante
chegou. Ele estava armado e puxou a bolsa da mulher, mas ela não deu. Ele
tentou atirar, mas a arma falhou e depois ele fugiu sem levar nada”, contou o
ambulante Romildo José.
Um dos pontos mais críticos é o viaduto
próximo a Ponte Newton Navarro. “Quando percebemos alguns turistas indo naquela
direção, nós avisamos logo para que eles tenham cuidado. Para irem de carro ou
então evitarem de ir mesmo”, comentou João Batista, também ambulante da região,
que ainda fez um desafio para o fotógrafo do Jornal de Hoje. “Eu te desafio a
você ir para o Forte com essa sua máquina e voltar com ela. Eu tenho certeza
que você não volta com ela”. Para não perder o equipamento de trabalho, o
fotógrafo preferiu não aceitar o desafio.
Comerciantes pensam em deixar o
local
Se na orla da praia do Meio a situação é
ruim, na praia do Forte é ainda pior. Com muitas empresas de turismo evitando a
Fortaleza dos Reis Magos pelos casos recentes de assaltos no local,
comerciantes donos de quiosques nas proximidades do ponto turístico já pensam
em fechar.
“Eu trabalho nesse ponto com a minha mãe
há quase 30 anos e nunca passei por uma situação tão complicada como essa. Os
turistas não vêm mais para cá. Nessa época do ano isso aqui era para estar
cheio de pessoas, mas como você está vendo, não tem quase ninguém. É realmente
complicado. Se continuar assim, eu vou fechar mesmo”, reclamou Alexandra
Barbosa, que ainda completou. “Normalmente eu chegava a ganhar mais de R$ 2 mil
por mês em vendas, isso sem ser alta estação. Agora quando eu consigo vender R$
200 já é muito. Não tem como viver assim”.
Os comerciantes também reclamam que um
ponto policial que existia no local foi desativado. “Ficava um policial no
posto o dia inteiro e isso garantia maior segurança. Só que eu não sei o motivo
pelo qual esse policial foi tirado de lá. Gostaríamos que esse policial
voltasse, pois iria ajudar bastante a nossa situação e quem sabe, com o aumento
do número de policiais, os turistas voltem”, argumentou Cristina Andrade.
Efetivo não é o ideal
O Jornal de Hoje entrou em contato com o
major Eduardo Franco, comandante do Pelotão Turístico, que é responsável pela
segurança de Vila de Ponta Negra até a praia do Forte. Primeiramente ele
informou que o efetivo para fazer a segurança na região não é o ideal. “Por
lei, nós deveríamos ter 263 policiais no nosso quadro. Porém, hoje temos apenas
103, o que realmente acaba complicando o nosso trabalho”.
O major adiantou que na próxima semana uma
base da PM será inaugurada nas proximidades do Chaplin. “Recentemente nós
inauguramos uma base da Polícia Turística no início da Via Costeira (sentido
zona praia do Forte) e vamos inaugurar essa outra. Assim conseguiremos ter um
atendimento mais rápido, pois nesses postos nós teremos policiais 24 hora por
dias”.
Eduardo Franco também explicou o motivo
pelo qual mandou retirar o policial do posto próximo ao Forte dos Reis Magos.
“Primeiramente o local não apresentava a menor condição de receber um policial.
Era totalmente insalubre. Segundo, eu acredito que o policial fixo naquele
local iria proteger mais os comerciantes, só que nós temos um histórico de
assaltos contra os comerciantes daquela região. Portanto, achamos melhor
utilizar o efetivo em viaturas, fazendo essa ronda móvel, que traz uma resposta
melhor. Tanto que temos viaturas sempre rodando nessa região”.
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